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quarta-feira, 27 de abril de 2011

Ao acaso quem viveu

Vejo o ocaso que nos doira em nostalgia,

Sozinho, entristecido a pensar...

Não tenho mais nos sonhos

Um pingo de esperança...

Onde está, oh meu amor, onde estará...


Quando outrora floresciam-se os ardores...

Eterno carnaval, vivíamos de amores!

Primavera então sorria a brilhar...

...Vejo além Rasos d’água

Os meus verdes olhos da paixão...


Vou singrando o oceano solidão...

Eu fito mil olhares,

Te busco na ilusão

Que um dia do passado voltará...


Vou vivendo sem querer,

Sem ter porque...

Boêmio, cabisbaixo, condenado a delirar...

Onde está a felicidade, onde estará...


Alma gêmea se perdeu em turbilhões

Mil noites de seresta, invernos e verões...

O destino é caprichoso a passar!


Ao acaso quem viveu a dor do amor...

A dor é rebeldia, a revolta, uma ilusão

Astro novo em novos mundos a brilhar...


Se toquei seu coração neste poema,

Não chore, minha Deusa,

Apenas por ter pena

De um alguém que vive a vida a sonhar...

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