Vejo o ocaso que nos doira em nostalgia,
Sozinho, entristecido a pensar...
Não tenho mais nos sonhos
Um pingo de esperança...
Onde está, oh meu amor, onde estará...
Quando outrora floresciam-se os ardores...
Eterno carnaval, vivíamos de amores!
Primavera então sorria a brilhar...
...Vejo além Rasos d’água
Os meus verdes olhos da paixão...
Vou singrando o oceano solidão...
Eu fito mil olhares,
Te busco na ilusão
Que um dia do passado voltará...
Vou vivendo sem querer,
Sem ter porque...
Boêmio, cabisbaixo, condenado a delirar...
Onde está a felicidade, onde estará...
Alma gêmea se perdeu em turbilhões
Mil noites de seresta, invernos e verões...
O destino é caprichoso a passar!
Ao acaso quem viveu a dor do amor...
A dor é rebeldia, a revolta, uma ilusão
Astro novo em novos mundos a brilhar...
Se toquei seu coração neste poema,
Não chore, minha Deusa,
Apenas por ter pena
De um alguém que vive a vida a sonhar...
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